GRAUS INICIÁTICOS
Os Graus Iniciáticos estabelecidos dentro da nossa Quimbanda foram revelados e consagrados por Exú Pinga Fogo com o propósito de organizar o caminho do aprendizado e fortalecer o elo entre o(a) médium e o mundo espiritual. Através dessa estrutura iniciática, oferecemos uma trilha clara e sagrada para que cada iniciado(a) possa desenvolver, com respeito e firmeza, a sua jornada dentro da Tradição.
A iniciação é o primeiro sopro espiritual — é o renascimento do(a) médium dentro da Quimbanda. É a partir desse ponto que ele(a) começa a despertar e a afinar sua sintonia com o seu Exú e sua Pombagira descobrindo quem são os seus Guardiões, aprendendo as invocações de poder, os fundamentos dos trabalhos, os segredos das comidas, rituais e os diversos assentamentos e oferendas que sustentam o culto e a comunicação com as entidades.
Assim como uma criança que nasce e precisa aprender a andar, falar e se orientar no mundo, o(a) iniciado(a) na Quimbanda começa sua caminhada espiritual com humildade, fé e disciplina. Com o tempo, vai crescendo em sabedoria, desenvolvendo sua mediunidade e se preparando para lidar com as forças e demandas do mundo invisível.
À medida que essa mediunidade floresce, os laços entre o(a) médium e seu Exús e sua Pombagira se fortalecem. As entidades passam a reconhecê-lo(a) como parte do Reino — não apenas um(a) praticante, mas um filho(a), um instrumento vivo da Quimbanda. É nesse processo que se forma o verdadeiro(a) caminhante do culto, aquele(a) que carrega as forças dos seus, honra a palavra dos antigos e segue com coragem a missão espiritual que lhe foi confiado(a).
GRAU – DESPERTAR
Noviço(a)
O Grau de Noviço(a), também conhecido como o Grau do Despertar, marca o início da jornada iniciática na Quimbanda Labhanã. É o primeiro passo dado por aquele(a) que sente o chamado das forças da esquerda e decide trilhar o caminho do autoconhecimento, da liberdade espiritual e da reconstrução de sua identidade energética e ancestral.
Neste primeiro grau, o(a) noviço(a) passa por uma consulta ritualística profunda, onde é realizado um jogo oracular (oráculo consagrado) com o objetivo de revelar ou confirmar quais são as entidades caminharam com ele(a) – especialmente seu Exú e a sua Pombagira de frente. Esse reconhecimento é fundamental, pois é a partir dessa revelação que se estabelece a base espiritual para todos os graus seguintes.
Durante o período de aprendizado , o noviço(a) é introduzido aos fundamentos da Quimbanda Labhanã, compreendendo que esta tradição não está atrelada às amarras das religiões dogmáticas. Aqui, o despertar é para a liberdade espiritual: não existe o mito do “diabo punitivo”, tampouco a ideia de um julgamento final que condena a alma segundo regras morais externas.
Na Quimbanda, a responsabilidade é individual e a força está no reconhecimento da própria soberania.
Este é o grau aonde o(a) noviço(a) começa a entender que:
Não se herda culpa e nem se carregam karmas alheios;
Não se teme o inferno pois ele não existe da forma como nos foi ensinado;
Não se busca punição ou salvação, mas sim o equilíbrio, o poder pessoal e o domínio de si mesmo;
A magia é ferramenta de transformação e não de submissão.
O despertar, portanto, é mais do que um simples aprendizado. É uma ruptura com as ilusões impostas e um passo firme rumo à autonomia espiritual. O(a) noviço(a) aprende a olhar para si com verdade, reconhecer as suas sombras, honrar o seu Exú e a sua Pombogira e se preparar para receber os fundamentos e ritos que o(a) levarão ao Grau II° – Iniciado(a), aonde o aprofundamento dos mistérios começam de fato.
É neste primeiro grau que se planta a semente da Quimbanda interior.
GRAU Iº
INICIADO(A)
O Grau Iº, conhecido como Grau da Vida, é o primeiro grau formal dentro da Quimbanda Labhanã e marca o início real da jornada de um(a) Iniciado(a) — aquele(a) que escolheu andar ao lado de Exú e Pombagira com consciência e devoção. É neste grau que se plantam as sementes do caminho e se firmam as bases espirituais para os próximos passos na trilha da Quimbanda Labhanã.
Neste estágio, o(a) Iniciádo(a) participa de suas primeiras ritualísticas sagradas, que incluem:
Banhos de limpeza, firmeza e abertura de caminhos;
Apresentação do ritual aos Exús e as Pombogiras da corrente;
Entrega e consagração da primeira guia de proteção;
Aprendizado e prática dos primeiros padês.
Esses ritos têm como o objetivo purificar o campo energético, fortalecer o corpo espiritual e estabelecer um vínculo direto com o seu Exú e a sua Pombagira. Nesse momento, o(a) Iniciado(a) é visto como um recém-chegado(a), alguém que está despertando para a sua essência e que precisa ser orientado(a) com firmeza, mas também com respeito ao seu tempo e aprendizado.
A iniciação neste grau serve para dar força e enraizar a conexão espiritual com as entidades, sendo o momento aonde o Exú e a Pombagira começam a se manifestar com mais presença na vida do(a) Iniciado(a). É aqui que começa a surgir a representação física e energética dessas forças no mundo material, por meio de sinais, sonhos, intuições, desafios e transformações pessoais.
Contudo, o(a) Iniciado(a) ainda não possui todas as prerrogativas de um quimbandeiro(a) de pleno direito. Seu contato com os mistérios ainda é limitado e o acesso às potencialidades espirituais de suas entidades é moderado, pois exige tempo, respeito, dedicação e firmeza ritual.
Este grau ensina ao Iniciado(a) que:
O caminho da Quimbanda é de vivência e não de pressa;
A força vem com a entrega constante e sincera;
O respeito às entidades é conquistado pelo merecimento e pela honra aos ritos;
A vida material e espiritual devem caminhar alinhados com os princípios da tradição.
O Grau de Iniciado(a) é, portanto, a base firme do edifício espiritual que será construído.
Ele prepara o(a) Iniciado(a) para assumir as maiores responsabilidades e lidar com as forças mais densas e complexas que serão trabalhadas no próximo estágio: o Grau IIº – Pronto(a), aonde os fundamentos são aprofundados e a caminhada se torna mais consciente e ritualizada.
GRAU IIº
PRONTO(A)
O Grau IIº, conhecido como o Grau de Pronto(a), representa o momento em que o(a) caminhante da Quimbanda está apto(a) para uma jornada maior. Essa etapa é marcado pela ritualística de assentamento, um rito sagrado e fechado, aonde a ligação com o Exú e a Pombagira tornam-se concreta, enraizada e viva no mundo material.
O assentamento é muito mais que uma oferenda ou um altar. Ele é o trono material da entidade, o ponto físico onde se ancora a força astral do Exú e da Pombagira. É através dele que o(a) Pronto(a) aprende a se conectar com suas entidades de forma direta e firme no ritual. Esse é um marco fundamental, pois representa a confirmação da aliança entre o ser humano e os seus guardiões espirituais.
Durante este grau, o(a) Pronto(a):
Monta os seus assentamentos com os seus fetiches pessoais e os elementos mágicos específicos de suas entidades;
Aprende sobre os elementos que compõem um ponto de força e como eles estabelecem a ponte entre o astral e o físico;
Participa de uma ritualística fechada aonde o assentamento é ativado e sua entidade é firmada de forma consciente e permanente.
Após a conclusão da ritualística, o(a) Pronto(a):
Recebe as guias consagradas do seu Exú e da sua Pombagira;
Aprende os nomes cabalísticos (nomes secretos) de suas entidades que jamais devem ser revelados fora dos ritos sagrados;
Passa oficialmente a ser reconhecido(a) como Pronto(a) dentro da hierarquia da Quimbanda Labhanã.
É também neste grau que o(a) Pronto(a) começa a estudar e vivenciar os Reinos da Quimbanda — os sete domínios aonde os Exús e as Pombogiras se manifestam, cada qual com suas características, forças, desafios e saberes. A compreensão desses Reinos é essencial para o entendimento profundo da atuação das entidades e para o avanço nos graus seguintes.
Este grau revela que:
O assentamento é o coração vivo da relação entre o(a) médium e a entidade;
O nome secreto é a chave vibracional que abre os caminhos da força espiritual pessoal;
A Quimbanda é uma tradição de raiz aonde cada rito tem propósito, força e consequência;
A confirmação da aliança com o Exú e a Pombagira exige maturidade espiritual, respeito e comprometimento.
O Grau da Confirmação é a passagem do compromisso espiritual simbólico para o compromisso prático, mágico e ritualístico. O(a) Pronto(a) agora carrega não apenas um vínculo com as suas entidades, mas também a responsabilidade de manter os seus assentamentos vivos e respeitados.
O passo seguinte é o Grau IIIº – Mestre(a), aonde o(a) Pronto(a) já pode começar a atuar em determinadas frentes, aprofundar os fundamentos mágicos e trabalhar sob supervisão nos mistérios da Quimbanda Labhanã.
GRAU IIIº
MESTRE(A) MAGISTA
Após atravessar os dois primeiros graus aonde foram trabalhados o despertar espiritual, a entrega, a disciplina e o fortalecimento da conexão com o Exú e a Pombagira de sua Coroa, o(a) Pronto(a) alcança o Grau IIIº – Mestre(a) Magista e entra em uma nova etapa de sua jornada dentro da Quimbanda Labhanã.
Reconhecimento e Consagração
Neste grau, o(a) Pronto(a) já demonstrou lealdade à corrente, disciplina no cumprimento dos fundamentos, aptidão espiritual e respeito pelos códigos éticos da Quimbanda Labhanã.
Com isso, é reconhecido(a) como Mestre(a) Magista — ou seja, alguém que está preparado(a) para assumir as maiores responsabilidades espirituais e rituais.
Recebe então a sua Obé que não é apenas uma ferramenta ritualística, mas um marco espiritual que confirma o comprometimento do Mestre(a) Magista e suas responsabilidades.
Responsabilidades e Avaliação
Neste Grau , o(a) Mestre (a) Magista poderá passar por uma avaliação ritualística a fim de verificar a sua maturidade espiritual, ética e emocional além de seu domínio prático dos fundamentos.
Aprovado(a), poderá ser liberado(a) para realizar os serviços magísticos com o aval do mentor espiritual e sob o respaldo da Quimbanda Labhanã. A partir deste ponto, o(a) Mestre(a) Magista não apenas atua com o seu Exú e a sua Pombagira, mas também pode ser chamado(a) a orientar consulentes, realizar trabalhos específicos e começar a trilhar o caminho de preparação como futuro Mestre(a) de Quimbanda — se este for o seu destino espiritual.
Instrumentos e Rituais Internos
Ao seguir dentro da senda de formação, o(a) Mestre(a) Magista recebe novos elementos sagrados:
Brajá de 5 fios;
Duas Obés (facas): cada uma com a sua particularidade de uso;
Rituais internos específicos que não podem ser revelados fora do círculo iniciático, mas que marcam a integração profunda com a hierarquia espiritual da Quimbanda Labhanã.
Essas consagrações não apenas fortalecem a ligação espiritual do(a) Mestre(a) Magista com o seu Exú e a sua Pombagira, mas também o colocam dentro de um novo ciclo de ensinamentos e preparação.
Continuidade da Tradição
Desde o Grau Iº já se recebem os ensinamentos, fundamentos, estudos e práticas essenciais para a caminhada como quimbandeiro(a). Porém, é a partir do Grau IIIº que tais conhecimentos ganham profundidade, propósito e direcionamento magísticos com ênfase na tradição viva da Quimbanda Labhanã, que busca preservar a força ancestral, o respeito aos Exús e as Pombagiras e o caminhar ético da magia.
GRAU IVº
MESTRE QUIMBANDA
Alcançar o Grau IVº – Mestre(a) Quimbanda é cruzar um limiar sagrado. É o reconhecimento da aptidão espiritual, da honra e conduta, da lealdade à ancestralidade e do compromisso inabalável com a tradição da Quimbanda Labhanã. Esse título não se conquista por vaidade, mas por merecimento diante dos Exús, das Pombagiras e da Hierarquia viva da corrente.
Consagração do Mestre(a) Quimbanda e o Brajá de 7 Fios
Ao ser consagrado Mestre(a) Quimbanda , irá receber o seu Brajá de 7 fios, símbolo dos Sete Caminhos de Exú e da totalidade dos saberes que ele(a) passou a dominar com humildade e dedicação.
Esse Brajá marca a conexão definitiva com a Egrégora da Quimbanda Labhanã e representa que o(a) Mestre(a) Quimbanda agora é capaz de conduzir os outros com sabedoria, firmeza e responsabilidade.
A Egrégora dos Quatro Pés
Neste grau, o(a) Mestre(a) Quimbanda é firmamente ligado(a) a uma das Egrégoras Maiores da Quimbanda: os Quatro Pés. Essa é uma força que sustenta os pilares da prática tradicional e guarda os mistérios mais antigos do culto. Por meio dela, o(a) Mestre(a) Quimbanda se alinha com o Exú e a Pombagiras de Raiz, recebendo força, proteção e autoridade espiritual para atuar como canal direto entre os mundos.
A Obé de Feitura: Nascimento de Caminhos
O instrumento sagrado que confirma a responsabilidade do Mestre(a) Quimbanda é entregue: a Obé de Feitura, a faca de ritual que consagra, corta, sela, e se inicia. Com ela, o(a) Mestre(a) Quimbanda está autorizado(a) a iniciar novos(as) adeptos(as) na Quimbanda assumindo integralmente a responsabilidade por suas trajetórias espirituais dentro e fora da corrente.
Cada Iniciado(a) por um(a) Mestre(a) Quimbanda carrega a sua marca, a sua raiz e o seu legado — por isso o ato de iniciar exige sabedoria, ética e firmeza.
A Supervisão da Raiz
Toda iniciação realizada por um(a) Mestre(a) Quimbanda é observado e respaldado pelo Táta Márcio Paxá, zelador da raiz da Quimbanda Labhanã. Essa supervisão garante a pureza dos fundamentos e assegura que nenhuma ramificação se afaste do propósito original da corrente.
A Quimbanda Labhanã não forma apenas Mestre(a) Quimbanda : forma troncos vivos responsáveis por manter a árvore espiritual viva, nutrida e coerente com as suas origens.
GRAU Vº MAIORAIS
Este culto refere-se às ritualísticas internas da Quimbanda Labhanã transmitidas de geração em geração há mais de 100 anos dentro de uma família espiritual guardiã de saberes ancestrais. Os fundamentos que sustentam este grau são sagrados, sigilosos e pertencem exclusivamente aos que foram chamados(as) e preparados(as) para carregar o peso da Tradição em seu mais alto nível.
A Trindade dos Maiorais
No Grau Vº – Maiorais da Quimbanda, o(a) Iniciado(a) já não é apenas um(a) Mestre(a), mas um(a) guardião(ã) das chaves mais profundas do culto. Aqui, o(a) Mestre(a) de Quimbanda começa a trilhar os caminhos ocultos da Trindade Maioral que forma a base sagrada da força ancestral da Quimbanda Labhanã.
A Trindade Maioral é formada por três potências espirituais maiores — os seus nomes, os fundamentos e as invocações são restritos àqueles que foram preparados(as) ao longo de anos de dedicação e entrega. Trata-se da força viva que sustenta todos os outros graus, de onde emergem os segredos mais antigos do culto de Exú e Pombagira na linhagem da nossa Quimbanda Labhanã.
A Grande Mesa dos Maiorais
Neste grau realiza-se a Grande Mesa aos Maiorais, um rito de altíssimo poder e comprometimento,
no qual são assentados os fundamentos maiores e celebrada a ligação direta com as forças primordiais da Tradição. Esta mesa é um altar vivo aonde a ancestralidade é invocada, o destino é selado e o juramento dos Maiorais é firmado.
TÁTA QUIMBANDA
Ser um(a) Táta Quimbanda não é apenas ocupar um grau. É viver em função da Quimbanda. É ser o(a) zelador(a) direto(a) da ancestralidade, da tradição e da linha viva dos Exús e das Pombagiras que sustentam a corrente há mais de 100 anos dentro da Família Espiritual da nossa Quimbanda.
A Maestria da Quimbanda é o destino a quem se dedica, estuda e se aprofunda nos conhecimentos da Quimbanda Brasileira, pois exige a entrega total, a vida consagrada e o espírito forjado pelo tempo, pelas provações e pelas responsabilidades espirituais. Não há como apressar esse caminho. É preciso ser escolhido(a) pelos Exús, pela Tradição e pela Raiz.
O que é ser um(a) Táta Quimbanda?
É ser o tronco forte de uma árvore espiritual que dá sombra, o abrigo e o ensinamento aos seus ramos. É carregar no peito o fogo da tradição, manter aceso o altar interno e ser a voz firme que orienta, acolhe, corrige e consagra.
O(a) Táta Quimbanda ou Yá Quimbanda, no feminino é aquele(a) que:
Não é autoatribuído(a), comprado(a) ou proclamado(a) por ego. Ele(a) é reconhecido(a) espiritualmente por seus pares, por seus superiores e principalmente pela ancestralidade viva da Quimbanda Labhanã.
O que é ser um(a) Táta Quimbanda?
É ser o tronco forte de uma árvore espiritual que dá sombra, o abrigo e o ensinamento aos seus ramos. É carregar no peito o fogo da tradição, manter aceso o altar interno e ser a voz firme que orienta, acolhe, corrige e consagra.
Táta Quimbanda é aquele(a) que:
·Zela pelos fundamentos ancestrais da Quimbanda Labhanã;
·Forma e acompanha iniciados(as) em todos os graus respeitando o seu tempo e destino espiritual;
·Conduz as Grandes Mesas e os Ritos Maiores principalmente os ligados à Trindade Maioral;
·Mantém viva a conexão com os Exús de Raiz com ética, força e silêncio;
·Guia espiritualmente uma casa, uma família e uma linhagem sendo exemplo de conduta e firmeza.
O(a) Táta Quimbanda ou Yá Quimbanda, no feminino é aquele(a) que:
Não é autoatribuído(a), comprado(a) ou proclamado(a) por ego. Ele(a) é reconhecido(a) espiritualmente por seus pares, por seus superiores e principalmente pela ancestralidade viva da Quimbanda Labhanã.
"Não se torna Táta Quimbanda — se é consagrado(a)"
OS GRAUS INICIÁTICOS NA QUIMBANDA LABHANÃ
A Caminhada Simbólica e Espiritual na Tradição da Quimbanda Brasileira
Na Quimbanda Brasileira, os graus iniciáticos não devem ser vistos como títulos de poder, hierarquia social ou status.
Eles são símbolos vivos de um caminho espiritual profundo cheio de fundamentos, provações, aprendizados e conexões com os Exús, Pombagiras e com a ancestralidade que nos guia.
Dentro da Quimbanda Labhanã esses graus são parte de uma tradição familiar com mais de 100 anos passados de forma oral, vivencial e iniciática. Eles preparam o(a) Iniciado(a) para a sua eterna caminhada dentro da Quimbanda — não apenas como praticantes de rituais, mas como guardião(ã) de um culto que é sagrado, antigo e profundamente ancestral.
Cada grau representa um momento de maturidade espiritual, uma abertura de consciência e de responsabilidades. Mas o caminho não se mede por títulos. Ele se mede pelo axé vivido, pela fidelidade à tradição e pelo respeito à força dos que vieram antes.
Respeito às Vertentes e aos Ancestrais
É sempre necessário lembrar: a Quimbanda não começou conosco e não terminará conosco. Devemos respeito às diversas vertentes que mantêm viva a chama da Quimbanda Brasileira. Foram elas — com os seus Exús e as suas Pombagiras, com os seus Tátas e as suas Yás — que abriram os caminhos para que hoje possamos continuar praticando esse culto ancestral com dignidade e verdade.
A Quimbanda Labhanã caminha com firmeza, mas nunca com arrogância. Caminha com os seus fundamentos, mas com o coração voltado para os antigos.
O que nos sustenta não são apenas rituais ou nomes: é a ancestralidade viva e o compromisso de manter a tradição limpa, firme e coerente.
Que cada Iniciado(a), ao entrar neste caminho, lembre-se:
Você não está apenas aprendendo uma prática espiritual.
Você está entrando em um culto de mil nomes e mil caminhos guiado(a) por forças que observam, protegem e cobram.
A caminhada dentro da Quimbanda Labhanã é para a vida inteira — e além dela.